Onde cabem os quadrinhos LGBT?

HQs com conteúdo sobre diversidade sexual foram alvo de ataques da extrema-direita em Belo Horizonte

Por Arthur Santana
Capa: Onde cabem os quadrinhos LGBT? Roteiro e arte: Arthur Santana
A REPRESENTATIVIDADE LGBT+ NA ARTE É ALVO CONSTANTE DE POLÍTICOS REACIONÁRIOS. OS QUADRINHOS NÃO PASSAM ILESOS. EM 2019, O ENTÃO PREFEITO DO RIO DE JANEIRO, MARCELO CRIVELLA, ABRIU CRUZADA CONTRA UMA HQ DOS VINGADORES. JÁ EM 2024, a vereadora Flavia Borja, de Belo Horizonte, fez o mesmo com obras expostas na 12ª FEIRA INTERNACIONAL DE QUADRINHOS.
QUANDO QUESTIONADO SOBRE O LIVRE ACESSO DE CRIANÇAS A CONTEÚDO ADULTO, LUCAS ED, UM DOS CURADORES DA FIQ, RESSALTOU QUE ALGUMAS OBRAS COMO “PEQUENAS FELICIDADES TRANS”, DE ALICE PEREIRA, NÃO SÃO CONSIDERADAS POR ELE COMO IMPRÓPRIAS, OCUPANDO UMA ÁREA CINZA. Lucas Ed: Quando, por exemplo, os senhores citam ‘Mihas Felicidades Trans’ a gente teria que discutir se isso é impróprio ou não, porque pessoas trans existem. A quadrinista que produziu esse quadrinho estava lá e a gente precisa decidir se o simples fato dela ser trans e falar da sua experiência de vida é impróprio para crianças. Me incomoda excessivamente que casos específicos sejam tomados como representativos de todo o festival. Gabriela lembrou muito bem que a produção de quadrinhos eróticos é um número relativamente pequeno do contingente da produção.
Anúncio - Governo de MS

Arthur Santana

Jornalista e ilustrador mineiro. Interessado em artes e cultura, política, meio ambiente e questões sociais.

Compartilhe:

Relacionadas

Leave a Reply