No que crê um seguidor de Lúcifer, Satanás ou Belzebu

Esqueça os clichês sobre rituais macabros e sacrifícios de virgens: conversamos com membros de religiões ocultistas e, de perto, o Diabo pode não ser tão feio quanto parece

Por Norberto Liberator
“Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos. Nada fixo, nada regular. Por que não teria ele a sua igreja? Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez”.
A Igreja do Diabo – Machado de Assis

No centro do altar, está a cabeça recém degolada de um bode, enquanto o sangue do animal é dividido entre os fiéis, que o espalham por seus mantos vermelhos. Os rostos, sempre abaixados, são dificilmente reconhecidos sob os capuzes que os cobrem. No centro do salão, uma virgem se encontra nua e amarrada pelos pés e pelas mãos, com os membros esticados para se encaixar na forma do enorme pentagrama sob seu corpo. A cena parece ficção e realmente é. Na realidade, religiões que reivindicam ou cultuam entidades como Lúcifer, Satanás e Belzebu estão bem longe dos estereótipos hollywoodianos.

Há diversas tradições que se encaixam no termo “ocultismo” e que possuem, em tais crenças, a base de suas filosofias. A reportagem da Badaró conversou com alguns seguidores, para conhecer um pouco melhor as diferenças entre elas, o que pensam, e para quebrar alguns preconceitos contra tais religiões. Longe do imaginário cristão de sacrifícios de virgens ou de crianças e levando vidas comuns, representantes da Quimbanda e da Igreja de Satã conversaram conosco.

De matriz africana, a Quimbanda é uma religião sincrética, assim como a Umbanda. No entanto, diferentemente desta, dedica-se ao trabalho junto a entidades que, na cosmologia umbandista, manipulam forças malignas. Sendo assim, Quimbanda e Umbanda possuem diferenças em seus preceitos fundamentais. Isso não significa que a Quimbanda seja uma “versão maligna” da Umbanda. Os conceitos de “bem e mal” presentes em religiões abraâmicas (como Cristianismo, Judaísmo e Islamismo) são mais relativos em cultos afro-brasileiros.

De berço ocidental, a Igreja de Satã (ou Satanismo Moderno) foi fundada por Anton Szandor LaVey, o “papa das trevas”, em 1966. Mais filosófica do que propriamente religiosa, seus seguidores pregam a valorização dos instintos humanos, em oposição ao comportamento estoico como a resistência à “tentação” e a busca pela rigidez moral que é valorizado pelas religiões de matriz abraâmica. Em oposição ao estoicismo judaico-cristão, LaVey pregava o hedonismo, ou seja, a busca pelos prazeres individuais e pela satisfação dos desejos da carne.

O culto aos espíritos dos poderosos mortos

Luciano Carregã, sacerdote do Templo de Quimbanda Maioral Beelzebuth e Exu Pantera Negra, é um dos quatro principais representantes da chamada Corrente 49, uma das diversas ramificações da quimbanda. Ele explica que a Corrente 49 “é basicamente estruturada no culto aos Espíritos dos Poderosos Mortos, Exus e Pombagiras”. Carregã também afirma que os preceitos mais importantes da filosofia que segue são relacionados à “não aceitação do que nos é imposto através das estruturas seculares morais, sociais e religiosas de matiz cristão conservador”.

Luciano é também proprietário da Editora Via Sestra, especializada em magia e ocultismo, sobretudo em tradições ligadas ao “Caminho da Mão Esquerda”, ou seja, cujos preceitos são centrados no indivíduo e na quebra de tabus sociais, muitas vezes relacionados ao que é chamado, no senso comum ocidental, de “magia negra”. Ele explica um pouco sobre o que tem sido feito para diminuir o preconceito da sociedade em relação à quimbanda e ao ocultismo em geral. “Nós temos trabalhado em frentes distintas para tentar reduzir a mistificação que se faz sobre a Quimbanda, em doses homeopáticas”. 

Carregã afirma que ele e outros representantes costumam “responder entrevistas, participar de podcasts” e que, recentemente, têm retomado publicações regulares da Corrente 49, através de sua página no Facebook. “Também devemos citar os livros do Danilo Coppini sobre Quimbanda, que juntos somam mais de 1000 páginas sobre o tema. Publicações que merecem leitura, estudo e comparação”, conclui.

Outra variação da mesma religião, a Quimbanda Xambá nasceu entre os anos de 1950 e 1960, do cruzamento entre a Quimbanda Nagô e a Magia Universal – sistema de magia de evocação a anjos, demônios e outras divindades. O historiador Thomaz Herler, adepto desta linha, afirma que os trabalhos se dão sobretudo com exus, que “ocupavam o lugar de marginalizados em nossa sociedade, tendo sido prostitutas, menores infratores, assassinos, bandidos, malandros, trabalhadores livres pobres, entre outros arquétipos bem comuns à nossa realidade social”.

Herler afirma que os exus, de acordo com a Quimbanda Xambá, estão subordinados a entidades maiores, responsáveis tanto pelo bem quanto pelo mal. “Concebemos que, em nossa Quimbanda, tais entidades estão sob a regência das divindades Belzebu e Lúcifer, sendo as mesmas chamadas de ‘Maiorais’ por nós”.

A concepção dos quimbandistas a respeito das entidades citadas é bastante diferente da que costuma ser abordada pelo Cristianismo. Luciano Carregã explica que “Lúcifer, Beelzebuth e Maioral são palavras associadas a divindades, espíritos e conceitos que se permeiam, se completam e podem se confundir facilmente dentro da Quimbanda”. Segundo ele, “Lúcifer é um título que significa ‘o Portador da Luz’ e que esteve associado a diversas divindades antigas, especialmente nos mitos gregos e romanos relacionados às estrelas matutinas e vespertinas, como em Héspero e Eósforo”. 

Para Luciano, “parte considerável do conteúdo de nosso inconsciente coletivo se deve ainda à literatura clássica que retratou a ‘figura diabólica’ em tempos mais antigos em tomos como o Paraíso Perdido, de John Milton; a Divina Comédia, de Dante Alighieri; nas lendas germânicas dos pactos diabólicos, como retratado no Fausto, de Goethe”. De acordo com o sacerdote, os “portadores da Luz” são vários. “Lúcifer e Beelzebuth são também os títulos de duas legiões de espíritos muito importantes para a Quimbanda”.

Carregã acredita que, em grande parte, o imaginário coletivo do Diabo, como uma figura que representa todo o mal, tem relação com os domínios colonizadores ao longo da história.  “Ao longo da história, os levantes conquistadores são essencialmente pseudo religiosos e possuem finalidades claras de controle e dominação sobre os povos. Expansionismo imperialista para exploração, escravização e roubo das riquezas naturais alheias”.

Thomaz Herler explica que, para a Quimbanda Xambá, Belzebu e Lúcifer são diferentes entidades que possuem, cada uma delas, funções específicas. “Belzebu, em nossa visão, seria uma divindade de dupla polaridade, a qual é representada pela mesma imagem de Baphomet, sendo ele/ela considerado(a) pai e mãe de todos os exus e pombagiras, portando consigo o poder da geração. Lúcifer seria o segundo Maioral, príncipe da nossa egrégora, senhor da vitalidade humana, da sexualidade, da prosperidade e da vitória”.

Ele também afirma que ambas as divindades existiam muito antes da tradição cristã, mas que foram reformuladas de forma negativa. “Nossa visão a respeito deles se dá enquanto deuses que regem a magia, deuses esses que são mais antigos que o próprio advento do Cristianismo e terminaram por ser demonizados pela cultura monoteísta”. 

Para a Quimbanda, Lúcifer e Belzebu não representam um submundo de trevas, nem são divindades essencialmente más. “Não os consideramos demônios que regem o inferno e muito menos que atormentam a vida de pecadores ou induzem os seres humanos ao vício, à pobreza ou qualquer outra coisa que seja comum à visão cristã fundamentalista”, afirma Herler. 

Ele conclui o assunto ao dizer que, “pelo contrário, estas divindades regem justamente a magia, e assim sendo possuem domínio sobre a riqueza, o poder, a sabedoria, a vitalidade e outras instâncias extremamente benéficas aos seres humanos que desejam construir suas vidas de forma alicerçada e firme”.

Herler também afirma que, apesar das divergências, o objetivo dos quimbandistas não é atacar o Cristianismo. “Cabe a nós dizer que, embora nossa visão não seja essa cristã, não somos também anticristãos ou contra qualquer culto, somos ensinados a respeitar as escolhas religiosas e pessoais das pessoas”.

De LaVey aos anticósmicos: o Satanismo ocidental

Em 1966, o mundo vivia o advento da pílula anticoncepcional e do LSD, assim como o auge da contracultura e da contestação. As grandes multidões já não se reuniam para escutar líderes religiosos, mas os Beatles e os Rolling Stones. Nos Estados Unidos, protestos contra a Guerra do Vietnã e a segregação racial explodiam. Nesse clima de afronta aos tabus ocidentais, em São Francisco, Anton Szandor LaVey fundou a Igreja de Satã, mais famosa comunidade satânica do mundo. Foi declarado, então, que aquele era o “Ano 1 no Calendário de Satanás” e o próprio LaVey foi denominado sumo sacerdote satânico.

Os seguidores de LaVey não consideram Satã uma figura mística, mas um simbolismo. A pedagoga Andreia Lilith*, adepta da filosofia do mago estadunidense, explica que, para os satanistas laveyanos, a figura do Diabo sintetiza a rebeldia contra a moral judaico-cristã. “Hoje, os fundamentalistas cristãos costumam dizer que pessoas LGBT, por exemplo, têm comportamento ‘anti-natural’. Mas a religião cristã é em si contra a natureza. A lenda do fruto proibido nada mais é do que uma metáfora que demoniza nossos desejos, nossos instintos naturais. Adão e Eva são expulsos do paraíso e caem em desgraça por seguirem sua vontade e, é claro, a culpa cai sobre a mulher”, diz Andreia.

A Igreja de Satã prega o individualismo e a vontade carnal, em oposição à busca cristã por virtude. O indivíduo é deus e demônio, simultaneamente, e cabe a cada um decidir qual lado de si mesmo prevalecerá em cada momento. A simbologia que utiliza de pentagramas, cruzes invertidas, o bode antropomórfico Baphomet e o número “666”, por exemplo, são sobretudo provocações para chocar a sociedade cristã e para se apropriar de símbolos que representam oposição ao Cristianismo. A corrente também é conhecida por ter adeptos entre o showbiz, como os cantores Marilyn Manson e King Diamond.

Os pecados capitais, para a tradição laveyana, são nove. Mas não há uma crença de que praticá-los acarrete em algum castigo divino, apenas atrapalham a vida cotidiana. Eles são: estupidez; pretensiosidade; solipsismo (o ato de crer que sua experiência individual é a única válida); autoengano; conformidade extrema; falta de perspectiva; esquecer manipulações do passado; orgulho contraproducente; e falta de estética.

Apesar de a Igreja de Satã ser a mais famosa, há ainda outras vertentes satanistas, dentre as quais, algumas creem na figura de Satanás como divindade. Uma delas é o Satanismo Anticósmico, o qual adota uma cosmovisão que, segundo seus seguidores, remonta a mitos sumérios. Os satanistas anticósmicos acreditam em uma oposição entre o cosmos, que representa a ordem no universo; e o caos, que representa a transformação. O mundo perceptível, para os adeptos desta linha, é uma ilusão criada por uma divindade autoritária, o “Demiurgo”, e a ruptura com tal universo ilusório levaria o adepto a uma iluminação pré-cósmica.

Uma das comunidades satanistas anticósmicas mais conhecidas é a Ordem Misantrópica Luciferiana (OML ou, na sigla em inglês, MLO). Os preceitos da OML estão sintetizados no livro “Liber Azerate”, de Frater Nemidial. A Ordem rejeita a doutrina de Anton LaVey e define seus discípulos como “imitação de satanistas, que tem criado uma fraca, não dinâmica, sem essência e pacifista/ateísta forma que eles chamam de Satanismo”.

Uma das primeiras figuras ocidentais a se identificar publicamente como seguidor de Lúcifer foi o britânico Aleister Crowley, durante a primeira metade do século XX. Crowley sintetizou, em seu “Livro da Lei”, um complexo sistema de magia que incluía evocações a demônios e a entidades de religiões praticadas por povos da Antiguidade. Ele desenvolveu uma filosofia chamada Thelema, cujo principal ensinamento é “faz o que tu queres, há de ser o todo da Lei”. 

O mago, conhecido como “A Grande Besta 666”, reivindicava incorporações do deus egípcio Hórus e se debruçou sobre a Goétia, um compêndio de evocação de 72 espíritos que, segundo os adeptos da Thelema, remonta ao Rei Salomão. Crowley influenciou personalidades da cultura pop como Alan Moore, Beatles, Ozzy Osbourne e Raul Seixas. O ocultista britânico também era um amigo próximo do poeta Fernando Pessoa.

Clichês e falsas acusações

Não é raro que adeptos de religiões satanistas, luciferianas ou de cultos afro-brasileiros (mesmo os que não cultuam entidades como Lúcifer e Belzebu, ou sequer creem em sua existência) sejam acusados de envolvimentos com crimes hediondos em “rituais macabros”. A ignorância e o preconceito contra tais formas de fé são ainda muito fortes na sociedade. Muitas igrejas pentecostais e neopentecostais, por exemplo, alimentam uma indústria de testemunhos falsos, nos quais os pregadores que se apresentam como “ex-bruxos” ou “ex-macumbeiros” alegam ter praticado os mais terríveis crimes em nome de tais religiões.

Neste ano, por exemplo, pouco após a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, a internet foi tomada por “denúncias” de que o advogado Frederick Wassef estaria envolvido no sequestro de crianças, nos anos 1990, em Guaratuba (PR). De acordo com documentos trazidos a público pelo jornalista Ivan Mizanzuk, apresentador do podcast “Projeto Humanos” e autor do livro “Caso Evandro”, Wassef foi falsamente envolvido no caso por ser parte de um grupo religioso quimbandista. De acordo com a pesquisa de Mizanzuk, que dedicou anos de sua vida ao caso, as vidas de algumas pessoas foram destruídas por essas falsas acusações, baseadas somente em preconceito religioso e no racismo contra cultos de matriz africana.

Nenhuma das religiões citadas nesta reportagem prega ou coaduna com sacrifícios de crianças ou outros crimes hediondos. Luciano Carregã acredita que a mídia hegemônica, muitas vezes, colabora para esse tipo de pré-julgamento. “As culturas nativas são quase sempre representadas de maneira jocosa, como se os nativos fossem pessoas tolas, ignorantes e desprovidas de sabedoria ou conhecimento. Religiões e práticas não cristãs são retratadas de maneira ainda mais pejorativa, quase sempre em associação com alguma figura ‘diabólica’ cômica e preenchida de características egoístas, mesquinhas, fúteis e idiotas”, afirma.

Carregã também diz que esse preconceito, quando reproduzido pelos meios de comunicação de massa, costuma vir aliado a outras formas de discriminação. “A predominância é a manutenção da alienação e a exploração comercial; manter o povo sedado, manso, enquanto é convencido de que precisa comprar produto ‘X’ ou ‘Y’; uma doutrinação contínua e muito bem estruturada dos valores brancos, ocidentais, cristãos, da ‘família tradicional’, do ‘cidadão de bem’, misóginos, machistas, homofóbicos e racistas”, ressalta o sacerdote.

Ele também chama a atenção para o charlatanismo e alerta que algumas pessoas de má-fé, dentro das religiões, contribuem para uma visão negativa em relação a elas. “O número crescente de falsos sacerdotes e de pessoas interessadas exclusivamente em vender iniciações, pactos e trabalhos amorosos é algo que contribui – e muito – para uma visão mais distorcida, pejorativa, jocosa e grotesca em relação ao culto e à religião. Não vemos problema nesse tipo de abordagem comercial, tampouco temos a intenção de fazer julgamentos morais, mas alguns indivíduos extrapolam os limites do estelionato espiritual”.

Thomaz Herler acredita que esse tipo de problema é algo intrínseco à mídia sensacionalista, como programas policialescos. “Em telejornais sensacionalistas e policiais muitas vezes são expostos casos de sacrifícios humanos, tortura e abusos sexuais praticados por ‘sacerdotes’ que invariavelmente presidem casas de axé desprovidas de fundamento e procedência, vulgarmente chamadas em nosso meio de ‘marmotas’, e isso é exibido pela mídia como se fosse um padrão dos terreiros”. 

De acordo com o historiador, é necessária uma abordagem que separe os criminosos de quem realmente segue os preceitos religiosos. “Há de se diferenciar o joio do trigo, as casas de fundamento e as que não possuem, e esse filtro infelizmente a mídia não possui, acabando por nos colocar como criminosos, desconsiderando que tais problemas existem em todas as religiões”, finaliza Herler.

Já Andreia Lilith só fala sobre sua adesão religiosa em algumas ocasiões, nas quais se sente à vontade. “Por ser mulher, tenho que me resguardar mais ainda. E na minha profissão, lido com crianças, então não posso sair por aí dizendo que sou satanista, porque podem achar que eu quero matar meus alunos e oferecer o sangue deles a um diabo que só existe na concepção cristã. Eu só explico minha filosofia de vida, o que penso e o que é a opção satanista não teísta quando estou entre pessoas de mente mais aberta”.

A intolerância religiosa, no Brasil, é crime previsto na Constituição Federal em mais de uma ocasião. O artigo 208 do Código Penal estabelece como conduta criminosa “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, com pena de um mês a um ano. A pena é aumentada em um terço se houver emprego de violência sem prejuízo à vítima – caso ocorra, passa-se a responder por outros crimes, a depender de qual a violência empregada.

Já a Lei 9.459/1997 alterou a Lei 7.716/1989, que diz respeito ao preconceito em relação à cor, incluindo “etnia, religião ou procedência nacional”. O artigo 20 estabelece como crime, com pena de reclusão de um a três anos e multa, “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” pelos motivos listados. A mesma pena se aplica à injúria por algum desses itens.

A Constituição também assegura, no parágrafo 5º inciso VI, a “liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”, em texto baseado no Projeto de Lei do escritor e então deputado Jorge Amado (PCB-BA), durante a Constituinte de 1945.

Em casos de intolerância religiosa, disque 100.

*: nome fictício para preservar a fonte, que preferiu não se identificar.

Norberto Liberator

Jornalista, ilustrador e quadrinista. Interessado em política, meio ambiente e artes. Autor da graphic novel “Diasporados”.

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17 Comments

  • Já imprimi gratuitamente e li na integra “A Biblia Satânica” de LaVey. Nas livrarias cobram pra isto, no Brasil ja foi editada/vendida em formato fisico e é comercializada e vendida on-line! – marcio “osbourne” silva de almeida – jlle/sc

    • Extremamente esclarecedor. E importante para elucidar e dismistificar as profanações sobre Sr Lùcifer e os demais anjos caídos que podem assessorar as pessoas a se sentirem menos humanas e menos estigmatizados

  • Tudo isso é um amontoado de baboseiras.

    • Cala a boca, alienado

    • Estou amando estudar um pouco do satanismo, luciferianismo,e entender um pouco mais.
      Sem meu consentimento perdi anos da minha vida nesse esgoto chamado cristianismo,pois os hipócritas dos meus pais me batizaram na igreja católica logo bebê ( eu não tive escolha).
      E pra piorar ainda a situação depois resolveram virar evangélicos,tornando-se mais hipócritas ainda e obrigando eu e meus irmãos achar isso certo.
      Pregavam tanto o amor desse tal de Deus e de Jesus,mas nunca tiveram uma atitude de amor,era só da boca pra fora.
      Assim como todos os membros das diversas igrejas de crentes que fui obrigada a passar.
      Todos vinham com essas pregações esdrúxulas,mas depois a gente ia saber: Eram pinguços, adúlteros,ped**filos,e pilantras de todos os jeitos,mas na igreja eram verdadeiros santos.
      E com o nojo e ranço disso tudo, inclusive do péssimo testemunho de meus pais cristãos.
      Comecei me interessar primeiro pelo espiritismo comum,depois pela umbanda, candomblé e agora pelo luciferianismo que por sinal me completou mais do que nunca.
      Me considero Luciferiana sem mesmo ter ido a uma missa negra,só pelo fato de assistir lives e estar sempre estudando, está mudando minha vida e conduta pra melhor.
      Que o mundo conheça a verdade ocultada por milênios.
      Que todos conheçam o que verdadeiramente é Lúcifer e sua egrégora.
      Ave lux.

  • Eu acredito, não duvido. O cristianismo sempre foi alvo macabro por séculos, a igreja católica assassinou muitas vidas em nome de Deus, perseguiam quem curava, quem dançava, quem era médium. E até hoje colocam merda na cabeça do povo colocando a culpa no diabo, sendo que eles mesmo chamam o “coisa ruim” e depois que expulsar? Pelo amor. Uma hipocrisia da nada. Eu to do lado do Lúcifer. Rejeito essas baboseiras cristãs, cansada de vê esse povo ignorante e burr*s. Não estudam e não evoluem. Até que não entendem que a guerra é o preconceito e a falta de informação. Eu só quero poder estudar sem ser cobrada, as vezes a gente precisa de ajuda espiritual e muita gente querendo tirar notas $$$ em cima dos que menos sabem. Odeio isso, eu concordo com o comentário de que muitas pessoas acabam ajudando a queimar a imagem das religiões afro-brasileiras. Essas pessoas são as que mais fico put@! Quem cobrar pra tudo. Na minha opinião de que quando é cobrado, não tem valor nenhum.

    • Gostaria muito de aprender mais e ter um lugar de confiança para frequentar. Teria indicação?Sou de São Paulo.

  • A maioria dos seres humanos necessitam acreditar que existirá algo além para controlar o pavor que sentem da morte, é difícil para muitos aceitar que quando morrerem acabará tudo.

    É muito mais fácil provar que existem duendes e fadas a provar que existe um amiguinho imaginário, invisível, que criou tudo num passe de mágica, que fica e um quartinho assistindo a vida de todo mundo e nos ouve em silêncio, mais difícil ainda acreditar que existe um inimigo imaginário deste ser superior, que também fica invisível, e passa todo seu tempo por aqui nos tentando a fazer maldades. Imaginem dois seres, um passa todo o tempo só ouvindo reclamações e pedidos, e nos espiando como em um big brother, o outro que fica andando por aí instigando as pessoas a praticarem o mal, sabe-se lá o motivo, talvez por tédio, talvez porque ache divertido ver pessoas se matando, ou talvez seja só para pirraçar seu suposto pai mesmo, isso tudo durante toda a eternidade, os dois irão passar infinitos anos só fazendo isso da vida.

    É uma ideia tão estúpida que se contasse isso para alguém que não foi desde o nascimento massacrado com lavagens cerebrais sobre essas bobagens, essa pessoa riria durante um mês sem parar.

    O fato é que nada disso é real, são só bobagens criadas pelos seres humanos para se sentirem menos fracos e desesperados.

  • Eu a vida inteira fui católica, lógico que induzida pela família, não me deram a opção de saber o que eu queria. Enveredei pela igreja evangélica, passeei pela umbanda, meti meu nariz no candomblé. Mas não me encontrei em nenhum desses lugares. Muito pelo contrário, cada um deles foi responsável por me tirar a fé que eu tinha. Depois de muito sofrimento, de muitos anos esperando o tal plano de Deus pra mim, acordei pra.vida. hj estudo bruxaria e estou me identificando muito com o satanismo, luciferianismo. E hj percebo quanto tempo eu perdi na vida, e não quero mais isso, não quero mais esperar uma vida inteira por algo que Deus não me prometeu, não estou falando de luxo ou riquezas, mas não quero mais passar por necessidades ou sofrer, achando que é provação e que lá na frente vou ser abençoada. Chega de mentiras.

    • Vivi nao perca tempo estudando coisas malignas, assuma a responsabilidade da tua vida, não entrega na mão de ninguém, tu tens a força dentro de vc, larga o discurso vitimista, não precisa fazer parte de grupo algum, mas investe o tempo em vc mesmo que vai conquistar tudo o que deseja. Temos o que merecemos, assuma isso e nao coloque culpa em deus, faça por merecer se esforçe e pare de botar a culpa em religião que vai prosperar. O tempo que investe nisso poderia ter conquistado algo…. Desejo o melhor pra vc….

    • Me identifico com você. Será que você poderia passar seu contato pra falarmos sobre esse assunto? (Sr. Satanas)

  • Gostei

  • Quero estudar conhecer melhor só o satanismo alguém pode me indicar um lugar sou de São Paulo

  • Bom dia !
    Não entendo só uma coisa !
    A palavra Exu ,é significado de um orixá ,que tem filhos iniciados dentro do culto africano .
    O que lúcifer tem haver com isso?
    Em alguns candomblés são cultuados entidades sim, que dão nome de Exu,mais são eguns !
    Lúcifer não é Exu !

  • Espero estar lendo obra de IGNORANTE. Este pode aprender.

  • Bom dia caros comentaristas!
    Li todos os comentários e percebi que pessoas inteligentes e curiosas , estão sempre a procura de respostas para perguntas intrigantes. Eu como muitos de vcs, sai a procurar, conforto, respostas, realizações, e muitas coisas…. Mas percebi que existe algo chamado FÉ, que pode responder o oculto, o invisível e o inimaginável. Acredito em divindades, acredito no mundo espiritual, acredito que existem criaturas, anjos, demônios e entidades. Acredito que existe uma hierarquia entre esse mundo, que alguns podem visualizar e a maioria fica só no sentimento. Nas vibrações de energias boas e leves, e terríveis e obscuras.Nao vejo o Criador de todas as coisas, o SENHOR TODO PODEROSO, DOS EXERCITOS, O MESTRE DOS MESTRES, SENHOR DOS SENHORES E REI DA VIDA, como um tipo de manipulador de fantoches infelizes e sem propósito. Vejo um TREMENDO MAJESTOSO, E O VERDADEIRO AMOR PURO E PERFEITO, que enviou o seu FILHO AMADO PARA SER SACRIFICADO POR AMOR DE TODOS QUE POR FE, O RECEBEM, DE GRAÇA. Diferente de lúcifer e seus parceiros, que podem até oferecer um prazer momentâneo e ilusório, mas depois vem cobrar o preço da conta. Nada é de graça, tudo tem o seu preço na loja de Satã. De fato as regiões não compreendem o sagrado da maneira correta. Afastam as pessoas, tratam mal, e são cruies. Mas Deus não tem nada a ver com isso. A essência Dele é amor. Mas Ele deixa a escolha e o livre arbítrio para todos; seguir em um caminho difícil, que no final te dará a vida eterna de amor, ou um ódio por vc e todas aí seu redor, se mutilando, ou mutilando o teu semelhante, “aproveitando a vida” , que por sinal “Vazia” e cheia de dores, com promessas de fama, riqueza e no final ser atentado pelo se eu ” senhor” . Eu escolho Jesus, o príncipe da paz. Digo sim a Deus.

  • […] religioso e demonstra seu desprezo pelo Estado laico (sobre pânico satânico, a Badaró publicou esta reportagem). No mesmo tuíte, acusa Letícia de ser “braço do Ross no Brasil”, em referência ao […]

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